Nesta segunda-feira (3), o governador Carlos Massa Ratinho Junior autorizou o repasse de R$ 50 milhões ao Fundo Estadual para Calamidades Públicas (Fecap). Imediatamente, a medida começou a ser implementada para garantir apoio emergencial aos municípios paranaenses afetados pelos temporais do último fim de semana.

Durante reunião no Palácio Iguaçu, o governador se reuniu com secretários e prefeitos das cidades mais atingidas. No encontro, os gestores municipais relataram diversos danos, incluindo casas destelhadas, estradas bloqueadas e prédios públicos comprometidos. Diante disso, o governo decidiu priorizar ações em 38 municípios que sofreram os maiores impactos.

Municípios devem decretar situação de emergência

Até o momento, 13 cidades já anunciaram que enviarão pedidos para decretar situação de emergência. Consequentemente, elas poderão acessar recursos com mais agilidade e contratar serviços essenciais sem burocracia.

Além do repasse financeiro, o governador detalhou que os recursos poderão financiar diversas ações emergenciais. Entre elas estão o abastecimento de caminhões-pipa, compra de óleo diesel, limpeza de vias públicas e, principalmente, a recuperação de estradas rurais.

Vale ressaltar que o Fecap foi criado em outubro de 2023 e já repassou R$ 61,2 milhões a 102 municípios em diferentes situações de emergência. Posteriormente, em maio deste ano, o governo ampliou a abrangência do fundo, permitindo o uso em obras de prevenção e mitigação de riscos.

Paralelamente ao repasse emergencial, a Fomento Paraná vai oferecer linha de crédito a juro zero para famílias que precisam reparar suas casas. Adicionalmente, as empresas também terão acesso a crédito subsidiado por meio do BRDE.

Por outro lado, o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul vai apoiar a reconstrução de barracões, reposição de maquinário e retomada das atividades produtivas. Dessa forma, o governo busca acelerar a recuperação econômica das cidades atingidas.

Na área de infraestrutura, o Departamento de Estradas de Rodagem (DER/PR) vai disponibilizar 20 máquinas e operadores para reconstruir vias e pontes. Simultaneamente, a Secretaria de Infraestrutura e Logística também liberou recursos para recuperar pontilhões, bueiros e estruturas danificadas.

Segundo o último balanço, os temporais causaram 20 ocorrências na malha estadual, incluindo quedas de árvores e escorregamentos de aterro. Atualmente, doze já foram resolvidas e oito seguem em fase de contratação, sem rodovias interditadas no momento.

Desde domingo (2), a Defesa Civil Estadual iniciou o envio de ajuda humanitária. Continuamente, as equipes distribuem telhas, colchões, kits de higiene, lonas e cestas básicas conforme as solicitações dos municípios.

Durante a reunião, a Defesa Civil também orientou os prefeitos sobre a documentação necessária para acessar os recursos e oficializar o estado de emergência.

Impactos na agricultura e vias rurais

Os prejuízos se estendem significativamente ao setor agrícola, com lavouras de soja severamente atingidas pelos temporais. Em alguns municípios, aproximadamente 40% das plantações foram comprometidas, especialmente aquelas que se encontravam em fase mais avançada de desenvolvimento. Além disso, as estradas rurais sofreram danos consideráveis, com mais de 60km de vias afetadas na região de Goioerê. Como resultado, o acesso às propriedades e o transporte da safra remanescente estão bastante dificultados.

Situação nas zonas rurais

Várias cidades da região de Goioerê afetadas pelos temporais de sábado (1) continuam levantando os prejuízos na zona rural. Primeiramente, as estradas rurais destruídas e lavouras de soja totalmente comprometidas aparecem como os principais problemas. Igualmente preocupante é o fato de que as plantações, que já estavam em fase avançada de crescimento, sofreram perdas significativas com as fortes chuvas.

Finalmente, em Janiópolis, as equipes municipais trabalham intensamente no levantamento dos estragos nas estradas rurais, muitas das quais ficaram completamente intransitáveis após o temporal. Enquanto isso, os produtores rurais aguardam soluções para escoar sua produção e acessar suas propriedades.

Leia também: